EMOTIZAÇÃO DOMINANTE E CONTROLE DAS EMOÇÕES

Nada mais ilusório. As pessoas só acreditam nisto por
desconhecerem a natureza de suas mentes. As emoções são estados mentais
criados por NÓS MESMOS, através das percepções que temos a respeito de
determinada coisa/situação, sejam estímulos exteriores ou interiores.
Logo, pode-se mudar uma emoção a respeito de determinada coisa/situação
mudando o modo como percebemos a coisa/situação.
Emotização
dominante significa o estado mental em que estamos dominados por
emoções, onde estamos muito emocionados, e como tudo na vida tem de ter
um equilíbrio, nossas emoções estão no topo da lista, senão em primeiro
lugar. Porém, o “controlar as emoções” não significa o que a maioria das
pessoas pensam.
A grande maioria das pessoas confundem controlar as
emoções com reprimi-las. A repressão de emoções leva a uma sobrecarga
que vai se tornando uma bomba e, uma hora ou outra explodem em formas
negativas, como violência por exemplo.
Existe até mesmo um ditado
oriental que diz que tudo aquilo que você reprime uma hora ou outra te
escraviza. A violência sexual, pedofilia e estupros, por exemplo, só
existem por causa da repressão sexual, todos os paradigmas negativos que
as pessoas cultivam a respeito da energia sexual e do ato em si. Outro
equívoco são pessoas que pensam que devem respondem positivamente à
todas as suas emoções.
Isto também não é controle, pois a pessoa, neste
caso, maquia o seu verdadeiro estado emocional, e isto é ser controlado
pela própria rigidez.
O verdadeiro controle das emoções está no
fato de termos várias opções de respostas emocionais para determinadas
situações e experiências.
Desta forma nós não necessitamos reagir à
primeira emoção que vem a tona, mas teremos outras “saídas”. E é
exatamente aqui que entra o conceito da emotização dominante. Estamos a
todo momento tomados por emoções, ainda que sejam de paz e serenidade.
Para entendermos melhor este controle, vamos tomar alguns princípios:
- Sempre há emoções subjacentes aos nossos comportamentos.
- Sempre, em todas as experiências que vivemos, há uma ou mais emoções que nos dominam.
- Uma vez emotizadas, as pessoas perdem capacidade de consciência,
raciocínio, julgamento e análise crítica, ou seja, passam a responder
involuntariamente aos estímulos que estão sendo recebidos. Quanto mais
intensa a emoção, maior este efeito.
- Uma vez emotizadas, as pessoas perdem potencial de racionalidade, porém ganham muito potencial de ação.
- Quando dominadas por emoções, as pessoas são capazes de, literalmente, qualquer coisa.
Logo, para que possamos desenvolver autocontrole, devemos estar cientes
da natureza e força das emoções que nos dominam no momento da
experiência, ou seja, devemos desenvolver consciência sobre as respostas
emocionais que daremos à determinada experiência.
Vamos a um exemplo:
Imagine que você vai a uma loja de roupas, e que lá chegando, você é
muito mal atendido. Esta experiência gerou registros que jamais serão
esquecidos, cujos estão associados com a loja. Muito tempo depois, você
vai a uma outra loja que também vende roupas, e lá chegando, você
percebe que são disparadas uma série de reações mentais e fisiológicas
que não tem a ver com a experiência que você está vivendo. O que está
acontecendo? Estas reações são respostas emocionais em função das
emoções que o dominaram na primeira experiência, e que toda vez que for
conectada com algo semelhante, serão disparadas.
Uma vez
consciente das emoções que estão presentes em seu sistema em dada
experiência, pergunte-se: “Que tipo de emoção eu gostaria de sentir
neste momento? Que resposta comportamental eu gostaria de dar a esta
experiência e que emoções este padrão comportamental pressupõe? ” Uma
vez consciente dos seus estados emocionais e das respostas emocionais
que você gostaria de emanar na experiência, você pode controlar suas
percepções, emoções, comportamento e resultados. Simples e desafiador ao
mesmo tempo, pois as pessoas estão condicionadas a apenas reagir às
coisas, inclusive às próprias emoções, e quando você apenas reage às
próprias emoções acaba se tornando escravo delas. Este condicionamento
torna este novo horizonte um tanto quanto complicado de se praticar, mas
nada que não possa ser mudado com persistência.
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