APRENDENDO A TACAR O “FODA-SE” PARA A POLÍTICA

Outra coisa necessária antes do leitor me “xingar para a eternidade”, é que esse texto é um texto que visa desenvolvimento pessoal. Não estou defendendo uma opinião política e muito menos uma ideologia.
Entretanto, para poder convencer o meu leitor que cada pensamento seu em forma de preocupação a respeito de política é uma manipulação sofrida pela Matrix, eu preciso necessariamente explicar algumas coisas que podem causar choque de ideias.
Mas o importante do texto é o seu objetivo final de desconstrução, ou seja, a melhor alternativa para um bom desenvolvimento pessoal, e não a minha “forma de ver o mundo”.
Terceiro. Comente apenas se ler tudo do início ao fim.
Tive um enorme trabalho para compor esse pensamento. Não seja um tolo precipitado, com mente fechada e ideias prontas. Abra-se para uma discussão saudável ou não atrapalhe quem está tentando fazer alguma coisa boa.
Combinado? Então vamos lá.
Enfim, os acontecimentos politicos dos últimos anos causaram uma enorme comoção e muitas pessoas começaram a arquitetar as suas opiniões e defendê-las de forma apaixonada.
Para isso, buscaram autores e conhecimentos originários de fontes sempre parciais. Uma guerra ideológica se instaurou em todos os níveis da sociedade brasileira, sem que as pessoas fossem capazes de definir com precisão como que a sua ideologia estava apta a solucionar os grandes problemas.
E por fim, as pessoas foram atraídas para uma nova modalidade de entretenimento inútil: o de se preocupar, analisar e discutir sobre um assunto do qual ela não possui qualquer poder para modificar ou propor mudanças significativas.
Ainda que se argumente que vivemos numa democracia representativa, e por essa razão, “o poder emerge do povo por meio do processo eleitoral”, isso é uma falácia de apelo teórico. Na prática, jamais tivemos uma democracia e estamos longe de compreender com exatidão o significado dessa palavra e como que ela pode ser praticada.
Ou seja, ninguém é capaz de demonstrar de forma completa como é que o poder pode estar ‘dissolvido’ numa massa gigantesca de pessoas.
Ainda mais quando essa massa está quase sempre insatisfeita e sofrendo diversas consequências do poder que ela “supostamente” possui. Na realidade, revoluções e progressos aparentemente conquistados com base na democracia foram imposições estratégicas de um poder dominante que eu chamo de ‘Elite’.
Quando surge o momento de se realizar uma mudança no cenário político, o povo é mobilizado nas ruas para justificar essa mudança. Mas quem faz a mudança de fato é quem está no controle da situação, isto é, quem está no poder.
Logo, a democracia é uma cortina de fumaça, uma peça de teatro criada para manter a ilusão da participação social nas importantes decisões do país. Mas essa participação não existe! Não existe um político que possa ser “representante” das suas vontades.
Se determinado político alcança o poder, e nele permanece, é porque convém (estrategicamente) ao sistema que ele ali permaneça. Aliás, o sistema eleitoral já foi elaborado para não permitir muitas escolhas.
Por mais radicais e revolucionárias que pareçam as ideias de determinado político, desde que elas não sejam colocadas em prática, o fato dele estar ali pregando uma ideologia (de preferência num cargo legislativo) é conveniente para manter acesa a “ilusão da disputa”.
Entretanto, o verdadeiro poder não está no cargo político, e sim, no enorme e complexo jogo do capital. Se o político em questão causar algum tipo de estorvo ou ser uma verdadeira ameaça nesse grande jogo financeiro, em nome de interesses ‘nobres’, é apagado da cena política e apagado pode ser em vários sentidos, desde preso por uma falsa acusação, como ser destituído do cargo, ou até assassinado.
Essa explicação já seria bastante para entender que o mundo não segue a lógica pregada pelas aparências, e que as leis no fundo não servem para nada, apenas para manter na sociedade a ilusão de que existem leis.
Pensar por esse caminho é muito diferente de ser analfabeto político. O analfabeto político sente raiva de política, simplesmente porque não a entende. Ele acredita que o detentor do cargo político possui todo poder e todas as condições necessárias para transformar a sociedade para aquilo que ele gostaria que a sociedade fosse.
E como isso não acontece, ele conclui que políticos são pessoas “do mal”, “ladrões”, “incompetentes”, “sujos” e tudo de ruim que existe. Ele sente raiva de política porque “algo que poderia resolver sua vida” no fim apenas atrapalha e complica.

Ele está ali justamente para tentar conciliar um poder central que controla a sociedade, com as queixas, as demandas e as críticas da massa explorada. E sua habilidade está justamente no “ilusionismo” que é capaz de fazer, de forma a atender prioritariamente as necessidades e os desejos da Elite, de uma forma que o povo aceite e concorde.
O político é um intermediário entre os que dominam e os que são dominados e isso obviamente o coloca numa posição favorável à corrupção. Ele não é a “origem” dos males da sociedade. Mas sim, a “ferramenta” ou o “meio” para os males.
Entender a origem do mal, e o problema essencial da humanidade, é um tema que exige bastante reflexão em cima de toda retrospectiva histórica do mundo. Resumir a causa de todos os males meramente ao poder político, é algo que chamo simplesmente de ignorância.
Um verdadeiro pensador vê aquilo que está além dos seus olhos. Quem se deixa influenciar e formar opiniões por notícias do rádio, televisão e jornal, está imerso na ilusão da Matrix.
Atualmente, as dez maiores corporações privadas do mundo são mais ricas do que 180 países.
Logo, falando de forma generalista e global, o poder estatal (do Estado) é muito mais fictício do que real.
>>O verdadeiro poder localiza-se na posse, no controle e na emissão do dinheiro. Um cargo político, um título, uma nomeação, é apenas uma ideia simbólica que não significa absolutamente nada em termos de poder.
Poder de fato está nas mãos de quem possui as chaves, os botões e as alavancas do jogo econômico, ou seja, quem detém o maior acúmulo de capital e determina o fluxo do dinheiro por trás do conluio das maiores corporações de bancos privados do mundo.<<
Não sabemos quais são os rostos e o nomes que estão por trás desse imenso acúmulo de poder. No atual contexto globalizado, é extremamente difícil localizar e dimensionar o real tamanho de uma marca, a quem ela realmente pertence, quem é o verdadeiro mandatário de qual empresa. Uma vez pesquisei no Google quais são as 10 maiores empresas do mundo.
Nos resultados apareceram nomes já conhecidos como Apple, Walmart, Microsoft, etc. Entretanto, quando tentei descobrir quais são os maiores “oligopólios”, adivinhem, tornou-se impossível determinar quais são.
Da forma que as transações financeiras ocorrem hoje, com os recursos tecnológicos que dispõem, torna-se irrelevante determinar se Microsoft e Apple são de fato empresas diferentes competindo entre si, ou se pertencem ao mesmo “dono”.
Não importa mais. Os bastidores do mundo financeiro hoje é um imenso ponto de interrogação. É quase impossível definir quem de fato está controlando o quê, e se beneficiando da montanha de lucros obtidos.
Algumas teorias (conspiracionistas para alguns, mas bem lógicas do meu ponto de vista), supõem que todo esse acúmulo pertence a poucos ou quiçá a uma única família de indivíduos. E os mesmos controlariam o jogo financeiro, a economia, o ESTADO e consequentemente as leis, a mídia, e portanto, são detentores de um poder amplo, centralizado, e irresistível.
Especialmente por atuarem na mente da maioria das pessoas, privando-as de uma educação de qualidade que as permitam questionar e pensar de forma livre, e utilizando a força do capital a fim de influenciar toda a sociedade a cultivar hábitos de consumo destrutivos (em todos os sentidos), porém, favoráveis à manutenção do sistema.
Alguns estudos e levantamentos sobre concentração de riqueza falam por mim. Mesmo quando esses estudos afirmam que cerca de 100 famílias controlam mais de 80%do capital mundial, ainda fico com a dúvida se essas famílias não são na verdade uma hierarquia organizada de famílias, sendo que algumas apenas sejam as de fato que mandam no mundo. Teoria da conspiração? Não. Hipótese plausível baseada num simples raciocínio lógico.
Enfim, suposições à parte, é ingênuo culpar apenas os políticos e atribuir a eles todo o mal, apenas porque são os seus rostos que aparecem na televisão. O mundo de hoje é muito mais complexo, dinâmico e rápido. A ideia de que existem “líderes políticos” controlando a sociedade já ficou num passado bem distante.
O mundo corporativo é atualmente bem mais poderoso, influente, cruel, e o mais importante, a imagem dos seus verdadeiros líderes tem a possibilidade de se esconder no anonimato. Ele controla a política como um titereiro manipula uma marionete.
E portanto, os principais nomes que estão de posse dos principais cargos políticos do país são nada mais que seus fiéis representantes, que expõem suas imagens ao público para serem ovacionados ou enforcados, dependendo da estratégia de manipulação que existe por de trás dessa representação.
Num quadro oposto ao da ignorância política, em tempos de conflitos de ideias, os brasileiros instruídos (...) decidiram estudar (...) e compreender o assunto, e foram fatalmente atraídos (como um imã) por alguma linha ideológica.
Justamente aquela ideologia que descreve uma sociedade com “cores” mais agradáveis aos seus olhos. E assim, foram formados times de lados opostos (direita e esquerda). Entendam o que eu quero dizer: é natural que cada pessoa gostar de uma “cor” “diferente”, ou seja, ter um desejo de viver numa sociedade mais próxima daquilo que ela sonha como ideal.
O problema é que com essas cores, o sistema - que está acima de qualquer ideologia - elaborou um show de luzes para distrair as mentes dos matrixianos. Quero dizer, não podendo ser caladas ou destruídas, as vertentes partidárias/ideológicas são utilizadas como instrumento de manipulação, a fim de atingir a “emoção” do partidário.
Isto é, mantê-lo cego pela raiva, pelo ódio, e pela “esperança”. Empurrando-os para conflitos, discussões, manifestações, e sem dúvida, para o consumo de notícias inúteis que não alteram em nada suas vidas.
(Um parenteses grande aqui: Sobre manifestações, principalmente, não sei onde ouvi uma frase genial que jamais esquecerei: “Manifestação é o ato de quem não tem condições de exercer poder”. Eis o que quero dizer. Quem tem poder, simplesmente o exerce.
A prova de que o povo não possui nenhum poder, é o quanto inúteis são as suas manifestações. Desse ponto de vista, essas grandes hordas de idealistas coloridos fazendo queixas e reivindicações tem um nome: birra de criança!
Choradeira de quem não pode fazer nada para mudar o sistema, e que querem que os que estão no poder “tomem consciência” dos seus desejos e dos seus direitos )
Nenhuma ideologia jamais foi implantada na sua totalidade, com todos os elementos do discurso original que as criaram.
Nunca existiu uma “sociedade comunista”, por exemplo. Para que existisse, TODAS as pessoas DO MUNDO deveriam aceitar e concordar com o comunismo. Uma vez que “nem todas” aceitavam, os comunistas tiveram que lutar para tentar implantar o sistema deles (...), e enquanto houve tal luta, o mundo nunca pode se organizar da forma que os comunistas desejaram. O mesmo vale para o capitalismo libertário e para todas as ideologias restantes.
>>Toda ideologia é uma abstração! Não há exemplos de sociedades que representem uma ideologia em toda a sua pureza.
E portanto, qualquer tipo de discussão ideológica é um conflito de natureza puramente emocional. Não tem contato com uma realidade científica objetiva que possa comprovar a realidade do seu funcionamento na prática.
Assim, um movimento ideológico nunca está certo e também nunca está errado. Ele é somente a expressão de um momento intelectual vivido pela sociedade, de acordo com o conjunto total de conhecimentos alcançados em tal momento, aliado ao “sonho” de viver numa sociedade que reage e funciona de acordo com seus princípios. <<
No fim, só existe uma “ideologia” de verdade, que é o sistema humano de vida. Ou seja, o jogo de dominação dos líderes da espécie sobre a massa que obedece às suas ordens e aceita passivamente o modelo de vida que lhes ofertam.
Todas as demais ditas ideologias e opiniões partidárias são instrumentos desse jogo, a fim de criar o ambiente propício para o que de fato se define como Matrix: Uma realidade mental contraída à vivência de confusões, de distrações, e de emoções pequenas.
A forma como o sistema (ou a Matrix) manipula o partidário é fazendo-o alimentar a esperança de que sua opinião ideologia será um dia aceita e compreendida por todos. NÃO SERÁ! Mas enquanto ele mantém essa esperança, e briga com os seus adversários, ele não reconhece ou não percebe o problema essencial da humanidade.
O problema essencial da humanidade é a forma de viver de cada indivíduo, na intimidade do seu mundo mental, emocional e espiritual. Se esse indivíduo ainda não se libertou do ego, ele carregará consigo uma opinião, e entrará em choque com outros indivíduos que não gostam da opinião dele.
Ou seja, ele se afasta da ‘unidade’, que é a essência do universo, e declara-se incompetente para conviver harmoniosamente com pessoas que pensam de uma maneira diferente da dele.
O indivíduo verdadeiramente despojado do ego não conserva opinião sobre nada.
Ele pode hoje pensar de uma maneira, amanhã pensar de outra maneira totalmente diferente, sem nenhum prejuízo para o seu amor próprio. Segunda-feira ele pode ser comunista, e na terça-feira pode ser liberal.
Ele se adapta facilmente a uma sociedade de esquerda ou de direita, progressista ou conservadora, sem qualquer desejo de estabelecer o “certo” sobre nada. Aliás, a coerência é para os fracos! O escravo da mente é refém dos próprios pensamentos.
O senhor da própria mente pode escolher os pensamentos que o guiam para seus objetivos de vida.
Por não estar sendo manipulado por uma emoção (necessariamente atrelada a uma “opinião”), esse indivíduo é potencialmente perigoso para o sistema, e de fato, eles, os arquitetos da Matrix, não são nem de direita e nem de esquerda, nem progressistas e nem conservadores.
Quem tem o dom de escalar os mais altos patamares do poder, possui uma mente flexível, observadora e fria. Pela manipulação das emoções alheias e pelo alto grau de controle das suas próprias, eles são capazes de apoiar Trump em uma data, venerar o ditador Kim II-Sung no dia seguinte, a depender somente da forma que esses nomes interferem na bolsa de valores. A mente ideológica é um sério obstáculo para a liderança da espécie!
O indivíduo “moralizado”, “ético”, “altruísta” e portanto, preso ao ego, não é capaz de se despojar de si mesmo, e por isso, tende sempre a estar defendendo uma “opinião”, o que necessariamente o coloca em guerra com outros indivíduos de opinião diferente.
E pra essa guerra acontecer, não precisam chegar a discutir. Basta ‘saberem’ que estão de “lados opostos”.
Porém, todos os dias, a vida nos transmite uma mensagem oculta que diz: “Foda-se a sua opinião!”. O mundo continuará girando e funcionando do mesmo jeito.
Se você sonha com um mundo utópico, ou com uma sociedade justa e pacífica, seja o primeiro a conseguir criar esse mundo dentro do seu quarto. Se sua cama fica bagunçada todos os dias, quem é você para criticar o mundo?

Os arquitetos da Matrix, ou seja, os “donos” do “sistema” sabem disso, e é por isso que uma das inúmeras estratégias de manipulação de massas é a própria discussão política fomentada pela mídia e pelo sistema como um todo.
E juro, NÃO IMPORTA se você é de direita, de esquerda, de cima ou de baixo. Cada momento que tu está ocupado tentando defender a sua opinião, está deixando de melhorar a si mesmo. Está esquecendo do real motivo pelo qual você está vivo.
Com certeza receberei críticas de todo tipo, de “intelectuais” cobertos de razão nas suas teorias políticas e econômicas e nunca vão admitir que estão sendo manipulados na medida que perdem tempo tentando defendê-las, crendo-se investidos da missão de converter mentes.
Eles com certeza não vão entender a profundidade desse texto. Eles acharão mais importante contestar os meus conhecimentos e as minhas ideias politicas e me acusar de ter pregado alguma ideologia (talvez me “acusando” de “esquerdista”), do que sair do labirinto emocional em que se perderam.
Nada posso fazer por quem ainda não percebeu tal armadilha interna. Talvez falte-lhes maturidade e experiência. Esses, nem faço questão que leiam o restante do texto.
Mas a mensagem que dou aos meus amigos leitores que conseguiram me compreender, e que não chegaram aqui por acaso, é essa: Libertem-se!
Não permita que nada e que ninguém dite a pauta da sua vida! Foque no autodesenvolvimento, ou seja, na sua mudança interior, que é a única coisa que realmente vai agregar na sua vida. Pare de ser um boneco controlado!
Insisto novamente. Embora o título do texto seja “Tacando o foda-se para política” eu não quero incentivar ninguém a deixar de se interessar ou de estudar o assunto.
Não estou incentivando ninguém a ser um ignorante político, tal como bem descrevi lá no começo. Aliás, é natural que no processo de aprendizado, passemos pela defesa de ideologias, que aprendamos a “assumir um lado”, ou seja, que formemos opiniões, mesmo que distorcidas.
Entretanto, se você está num momento em que acredita que o autodesenvolvimento é de fato uma prioridade na sua vida, ele não pode dividir espaço com discussões e distrações inúteis.
Por essa razão, caso você valorize o autodesenvolvimento, mas se sente de fato muito envolvido e muito preocupado com questões políticas, vou deixar aqui finalmente alguns conselhos (grátis) em forma de sugestões para você (atenção: leia os trechos seguintes somente se você for uma pessoa madura e com boa capacidade de interpretação):
1 - Seja verdadeiramente um profundo conhecedor do assunto.
Estude de forma séria. Leia todos os livros ao seu alcance (não se esqueça de ler TUDO a respeito da ideologia que você discorda e combate. Do contrário, você será um tremendo desonesto intelectual, talvez um mau caráter) . Seja, de fato, um cientista político! Faça curso superior na área, siga carreira e seja bem sucedido nela.
2 - Torne-se político!
Candidate-se a um cargo público e entre de cabeça na causa que acredita;3 - Se você confia em certa ideologia, SEJA aquilo que você acredita.
Se és um capitalista liberal, pare de ficar se candidatando a concursos públicos e seja empreendedor. Saia da universidade pública e estude numa universidade privada. Abra mão do seu 13° e das suas férias.
Ou seja, prove que você não depende do Estado para nada e use a lei da meritocracia para ser bem sucedido no mundo do comércio.
Se és um marxista, socialize todos os seus bens. Não consuma os bens e produtos do capitalismo (só o que for realmente necessário à sobrevivência). Feche sua empresa à base de lucros e abra uma empresa social. Não explore a mais-valia de ninguém, nem mesmo da sua empregada doméstica. Se és um anarquista, não restrinja a liberdade de ninguém, nem mesmo daqueles que queiram te roubar ou te matar.
Se és conservador, adote integralmente o estilo de vida dos seus avós. Se és progressista, abandone de uma vez todos os paradigmas que moldam sua vida, quer dizer, tente fazer a experiência de não “conservar” nada.
Se você prega o que acredita apenas da boca pra fora, és apenas um papagaio, e pior que isso, um hipócrita. Quem sabe você SENDO aquilo que acredita, as pessoas darão mais valor às suas ideias ou às suas opiniões. Você pode alegar que as pessoas da “ideologia contrária” te atrapalham nesse seu objetivo e logo que “a culpa é delas”.
Isso contudo, seria uma prova de que desde o momento em que você adotou uma opinião, esperou ‘ganhar’ alguma coisa com ela na medida em que a maioria passasse a concordar contigo. Quando eu venho aqui e peço para você incorporar por completo a ideia que tu acredita, e você percebe que isso te faz ‘perder’ de alguma forma, tu recuas, ou tu afirmas que sou louco e inconsequente. Eis a hipocrisia da mente humana!
Se você se reconhece incapaz de seguir uma dessas sugestões, está na hora de você refletir sobre a inutilidade em ficar pensando nesses assuntos!
Perceba através desses conselhos que não estou aqui pregando nenhuma verdade. Não estou dizendo se a política presta ou se ela não presta, se vale a pena ou não lutar por um ideal. A questão é a forma que as pessoas lidam com o assunto.
O problema é a hipocrisia da mente dos que se consideram bons, mas que insistem apenas em usar a sua “bondade” para o mal. Esse texto não é nenhuma espécie de “sabedoria” pronta que lhes darão a salvação gratuita. Ele é pura provocação.
Só é possível fazer o que eu disse, por uma revolução interna radical. Mudando a forma de lidar com os pensamentos e adquirindo o controle da mente. Esse é o desafio. A Matrix não é uma coisa “do mal” que está fora de você.
A Matrix simplesmente lhe oferta aquilo que você não consegue recusar. No momento em que você deixar de aceitar as coisas frívolas da vida, e se recusar, na prática, de continuar alimentando ESSE sistema, você estará criando um movimento verdadeiramente transformador para o mundo.
Se cada pessoa transformar o seu mundo individual para algo grandioso, pode ser que o mundo se transforme em algo melhor. Algo que talvez nem saibamos o que seja, algo que nenhuma ideologia tenha descrito ainda.
Se todas as pessoas puderem assumir o seu poder pessoal e se libertar de verdade da matrix, é realmente imprevisível determinar como seria esse novo mundo. E ao mesmo tempo irrelevante, já que muitos não se salvarão e nossa geração estará fatalmente incluída na problemática do sistema atual. Por fim, não é inteligente se afligir pela situação do mundo e esperar que alguma coisa externa se mude, para que sua felicidade seja possível.
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